No artigo anterior sobre Gestão de Carreira Liquida falamos da necessidade de repensar o nosso trabalho, principalmente face a velocidade das mudanças e de novos desafios permanentes.
Quais devem ser as características deste processo para que não seja superficial e realmente traga uma contribuição tanto para você como para a empresa?
Se pudermos definir em duas palavras o processo deve ser “sem pressa, porém sem pausa”.
Cada vez mais constatamos que quando as pessoas conseguem utilizar o que existe de melhor nelas e encontram significado naquilo que fazem, o engajamento e resultados aumentam significativamente.
Recomendamos 3 iniciativas para direcionar bem esses processos de mudança.
1- Encontrar Significado naquilo que faz:
Então uma das iniciativas seria encontrar significado naquilo que você faz, ou seja, conectar seu propósito, uma direção com as atividades do dia-a-dia.
Este é um processo mais individual e mais a longo prazo, mas ter um norte claro ajuda muito a buscar coerência e consistência nas mudanças que você propõe. A relação é muito mais como você quer se conduzir do que com a área em que atua ou vai atuar.
O conceito do Ikigai é superinteressante nesse sentido.
Neste artigo falamos mais sobre significado no trabalho.
A busca de significado no trabalho e a preparação dos novos líderes
Algumas perguntas são importantes para ajudar na identificação dos teus pontos fortes.
É preciso ter uma combinação entre algo em que sou bom, sou reconhecido e que me traga satisfação.
Por exemplo se um dos meus talentos é olhar por detalhes, e nova atividade ou tema de interesse exige detalhe, a probabilidade de você encarar com sucesso o novo desafio é maior.
Quando falamos de recursos eles podem variar desde conhecimentos, habilidades e experiencias anteriores que podem contribuir para o novo cenário, até apoio familiar ou recursos financeiros.
Nesse artigo falamos mais da identificação e aproveitamento dos pontos fortes.
Não basta identificar seus talentos, é preciso desenvolvê-los
JobCrafting, é uma forma bastante prática de que consiste em repensar meu dia-a-dia em função de onde quero chegar a curto, médio prazo.
Basicamente redesenhar como distribuo meu tempo, energia e atenção nas atividades do dia-a-dia.
Respondendo as seguintes perguntas:
- Que mudanças faria nas atividades hoje para manifestar o que tenho de melhor?
- Em que atividades ou relacionamentos preciso colocar mais energia para chegar aonde quero?
- Que desafios quero responder, como quero contribuir?
Aplicamos essa metodologia para redesenhar o trabalho em função dos desafios individuais e da equipe, promovendo tanto a manifestação do potencial individual como da equipe e conquistando dois aspectos cruciais: complementariedade e colaboração.
Após 2 meses de trabalho com esta abordagem conseguimos que uma equipe multidisciplinar responsável por inovação acelere o lançamento de produtos, apenas redefinindo papéis e formas de atuação, sem ter que trazer novos membros, simplesmente aproveitando de uma forma mais inteligente as capacidades de cada um. Detalhe a empresa levava já 2 anos sem lançar novos produtos.
Como consequência desse redesenho uma nova posição, que informalmente chamamos de CCF, Chief Collaboration Officer, alguém com a capacidade de fazer de ponte entre as áreas e os membros da equipe, e não necessariamente um expert nos produtos\serviços a serem lançados.
Como estamos trabalhando cada vez mais por projetos e horizontalmente, conhecer e que conheçam onde e como posso contribuir, acelera a integração de equipes e coloca em discussão maneiras alternativas de trabalhar e com isso as barreiras frente às mudanças caem.
Não seja refém das mudanças da moda, a carreira é líquida, mas você pode direcionar o leito desse rio. Faça essas três perguntas:
A mudança que vou fazer faz sentido? Consigo aproveitar o que tenho de melhor? Como posso iniciar a redesenhar meu trabalho já?
Saiba mais sobre JobCrafting neste artigo: JobCrafting - Como redesenhar e construir o futuro do seu trabalho.