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Tente inovar e produzir sentado em uma bomba relógio

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por Miguel Nisembaum

85% das pessoas estão desengajadas ou insatisfeitas com seu trabalho, a pesquisa global feita pela Gallup se repete ano após ano e os índices não mudam.

Outro dado alarmante vem da ISMA-BR (International Stress Management Association) que calculou que a falta de produtividade causada pela exaustão gera um prejuízo de 3,5% ao PIB.

Estamos falando de aproximadamente R$ 6 bilhões.

Em todo o mundo, os gastos relacionados a transtornos emocionais e psicológicos podem chegar a 6 trilhões de dólares até 2030.

Também há estudos indicando claramente a correlação entre bem-estar e produtividade, inovação e melhor tomada de decisão. No último mês li, vi, ouvi e falei sobre elementos estudados pela neurociência, psicologia positiva, behavioral economy e seu impacto em resultados.

Veja também:

5 Maneiras de aplicar Psicologia Positiva em seus processos de Gestão de Pessoas

P.E.R.M.A. – Psicologia Positiva e um modelo de bem-estar nas empresas

A maioria das empresas desconsidera o 1º lugar onde acontece qualquer transformação: Dentro das pessoas.

Mas porque as reflexões não se traduzem em ações?

A verdade é que somos avessos ao risco, travamos diante da mera possibilidade de perder mesmo tendo estatísticas claras de que a probabilidade de ganho é maior.

Amos Tversky e Daniel Kahneman foram os primeiros a postular isso.

Segurança psicológica, autonomia, transparência e clareza de objetivos, elementos que o Google encontrou em equipes de alta performance, são ainda pouco trabalhados nas empresas.

Todos sabemos, o elefante está no meio da sala, e no máximo fazemos ações paliativas, ou pior, não fazemos nada.

Palestras sobre bem-estar e uma gestão mais humana conscientizam e são importantes, mas de uma vez por todas é preciso entender que é necessário incorporar isso como parte dos modelos de gestão e de negócio.

Como prestador de serviço já vi empresas se dissolverem, fecharem, ou perderem muito dinheiro simplesmente por demorar a decidir ou não decidir nada.

Ontem um colega que trabalha com Employer Branding me comentou que o período de aprovação de uma proposta variava de 3 a 6 meses. Precisa demorar tanto?

Perdemos talentos que estão insatisfeitos e não atraímos aqueles que precisamos. Garanto que o dinheiro perdido e o valor que não foi gerado é muito, mas muito maior.

Gosto de dar um exemplo de um cliente que estava há dois anos com dificuldade em lançar novos produtos.

A equipe de P&D estava desgastada, estressada e como consequência tinha uma enorme dificuldade em concretizar o lançamento de produtos.

Não era um problema nem de estrutura, recursos disponíveis, nem do potencial existente.

O grande desafio era restaurar a confiança que eles tinham em si e entre eles.

Conseguimos fazer com que estes aproveitem melhor seus pontos fortes, voltem a admirar uns aos outros e isso foi a base para criar uma nova forma de trabalhar.

O Resultado: 4 produtos que estavam em standby foram lançados em menos de 4 meses, com bastante sucesso no mercado.

Se você quer gerar valor aos seus clientes, antes gere valor a aqueles com quem você trabalha e convive.