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Otimismo ou pessimismo, uma sugestão de como encarar a pandemia.

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artigohugo2909

por Hugo Nisembaum

Diz a minha amiga Belén Varela, especialista em organizações otimistas, que antecipar um resultado ruim nunca termina bem: ou você sofre à toa, ou sofre duas vezes.

Otimismo e bem-estar caminham juntos e essa correlação é constatada em muitas pesquisas.

Em um artigo recente na Psychology Today o Dr. Anthony Silard (que foi professor em Harvard, Stanford, Georgetown e IESE) sobre O otimismo e o pessimismo em relação ao fim da pandemia.

O Dr. Silard se refere a um estudo realizado por dois economistas, David de Mesa (London School of Economics) e Chris Dawson (University) com mais de 1.600 respostas anuais de 1991 a 2009, uma base de duas décadas. Com base na pergunta:

"Financeiramente, o próximo ano terá um desempenho melhor ou pior?" eles conseguiram estabelecer uma relação entre otimismo e bem-estar. 

Os que melhor previram a sua situação financeira para o próximo ano eram pessoas mais felizes. Antecipar e acertar promove bem-estar.

E a segunda descoberta, ainda mais chocante, os pessimistas sofreram o triplo do que os otimistas. 

Os otimistas, que fracassaram por excesso, sofreram 11,8% com angústia e stress, já os pessimistas sofreram 37,2% quase 3 vezes mais.  

O pessimismo é terrível como estilo explicativo da realidade.  

O Dr. Martin Seligman nos fala de otimismo inteligente ou otimismo flexível que é a tendência de encarar a realidade com uma perspectiva positiva, sem se deter indevidamente nos aspectos negativos. Isto envolve antecipar o melhor resultado possível em qualquer situação.

Ao replicar o estudo os cientistas incluíram uma pergunta sobre o fim da pandemia.

Como comenta o Dr. Anthony Silard, “enquanto os otimistas preveem um achatamento da curva e uma vacina viável em seis meses, os pessimistas preveem que seremos achatados pela curva e nunca voltaremos ao nosso modo de vida pre-pandêmico”. 

Sabemos que as pessoas otimistas vivem na média 12 anos mais que os pessimistas. Possuem mais bem-estar, são mais felizes.  Então, o que é melhor? Ser um otimista e manter um forte senso de esperança e arriscar uma decepção futura ou um pessimista e sentir ansiedade sobre o destino eminente e então se sentir eufórico só quando o pior for superado? 

O interessante é que otimismo realista é algo que podemos praticar. 

“Nós não vemos as coisas como elas são, nós as vemos como somos.”

O Talmud.